A Pesquisa Raio-X FipeZAP do primeiro trimestre de 2024, que contou com a participação de 1.247 respondentes entre os dias 08 e 26 de abril de 2024, revelou que a participação de compradores registrou a segunda alta consecutiva, passando a representar 11% da amostra do 1º trimestre de 2024. Em relação ao tipo do imóvel adquirido, a preferência por imóveis usados também cresceu (para 65%), enquanto entre os objetivos declarados, a destinação do imóvel para fins de “moradia” recuou em relação aos dois trimestres precedentes, embora tenha sido referida por 61% do público.
Considerando os respondentes que destinaram o imóvel adquirido para “moradia”, a opção “morar com alguém” se manteve majoritária (65%). Comparativamente, entre os investidores (39%), prevaleceu a intenção de alugar o imóvel recentemente adquirido para obtenção de renda (79%). No período, a proporção de compradores potenciais – isto é, de respondentes que declararam intenção de adquirir um imóvel nos próximos três meses – cresceu de 38% para 40%, mantendo-se acima da média histórica da Pesquisa Raio-X FipeZAP (38%).
Considerando os integrantes desse grupo, pouco menos da de metade dos respondentes se mostrou indiferente entre imóveis novos e usados (48%), seguida pela preferência exclusiva por imóveis usados (41%) e imóveis novos (11%). Com respeito ao objetivo da compra pretendida, a intenção de destinar o imóvel para “moradia” foi destacada por 90% dos compradores potenciais.
TRANSAÇÕES
Após recuar para patamar próximo ao piso da série histórica, em março de 2023, o percentual de transações efetivadas com desconto cresceu, no horizonte de um ano, para 68% das transações – a maior marca desde julho de 2020 (69%). O aumento das transações com desconto, entretanto, não foi acompanhado de uma majoração do percentual de desconto: considerando as informações das transações efetivadas nos últimos 12 meses que envolveram alguma redução no valor pelo qual o imóvel foi originalmente anunciado, o percentual médio de desconto negociado entre os compradores e os vendedores se manteve praticamente estável (em 11%).
Já com respeito à percepção dos respondentes em relação aos preços atuais, a parcela de respondentes que classificavam os valores dos imóveis como “altos ou muito altos” recuou de 75%, na amostra do 1º trimestre de 2023, para 73%, no 1º trimestre de 2024. Paralelamente, o percentual de respondentes que enxergavam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” cresceu marginalmente de 15% para 17%, ao passo que percepção de que os preços atuais se encontravam em níveis “baixos ou muito baixos” se manteve estável (em 3%). Os respondentes que não souberam opinar sobre o tópico representaram 7% da amostra do último trimestre.
Em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, a última leitura revela que o percentual de respondentes que projetavam alta nominal no valor dos imóveis cresceu de 38%, no 1º trimestre de 2023, para 41% da amostra referente ao 1º trimestre de 2024. Comparativamente, a participação de respondentes que partilham de uma expectativa de manutenção dos preços atuais oscilou de 23% para 24% no período, enquanto o grupo de respondentes que apostavam na queda perdeu representatividade, passando de 14% para 10%.
Em termos de variação esperada para os preços, a alta projetada por compradores que adquiriram recentemente um imóvel (+8,2%) superou as expectativas formuladas por aqueles que adquiriram há mais de 12 meses (+2,5%) e por compradores potenciais (+0,5%).