As classes de maior renda apresentaram aumento da inadimplência. As famílias com renda entre 5 e 10 salários aumentaram, de 20,7% para 22,2%, o indicador entre março e abril, Já aquelas que recebem mais de 10 salários subiram de 14,3% para 14,6% no mês. O resultado consta da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira, 07, apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Já a população com renda mais baixa registrou uma redução da inadimplência para 35,8%, percentual menor do que no mês anterior e do que em abril de 2023 (quando o valor estava em 36,4% e 36,3%, respectivamente). Com referência às modalidades de crédito, o cartão de crédito permanece como a principal fonte de endividamento, sendo utilizado por 87,1% dos devedores. Por outro lado, carnês e cheque especial continuaram perdendo representatividade na carteira de crédito dos consumidores.
O financiamento imobiliário apresentou o maior crescimento anual, resultado da redução dos juros médios da modalidade, que atingiram o menor patamar desde fevereiro de 2022, com 8,87% em fevereiro de 2024.
O Paraná foi o estado com o maior nível de endividamento, atingindo 90,3% no mês. No Rio Grande do Sul o percentual de famílias endividadas chegou a 89,1%, e 35,9% de famílias com contas em atraso. Em relação à inadimplência, o Rio Grande do Norte destacou-se como o estado com o maior percentual de famílias com contas em atraso (55,9%). O Amazonas apresentou o maior número de famílias incapazes de pagar suas dívidas atrasadas, com 21,7%.