As negociações salariais fechadas em março apresentaram um reajuste médio de 5%, um percentual igual ao dos meses anteriores, ficando 1,1 ponto acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado, de 3,9%. Com o resultado, o indicador chega a 16 meses consecutivos com reajustes reais positivos, um novo recorde desde julho de 2018.
As informações constam do Boletim Salariômetro elaborado pela Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. No ano de 2024, 89,0% dos reajustes estão acima do INPC, enquanto 39% de reajustes entre 2 e 4 pontos acima do INPC. Para os próximos 12 meses, o INPC previsto está abaixo de 4%, oferecendo condição para reajustes reais positivos. Considerando apenas o mês de abril, a proporção de reajuste acima do INPC chegou a 70,8%, caindo para 25% com aumentos iguais a variação do indicador e 4,2% abaixo. Neste intervalo temporal, o piso mediano chega a R$ 1.633.
O piso mediano de março, conforme o acordo, ficou em R$1.575, 11,5% acima do salário mínimo de R$1.412. A prévia de abril apontam reajuste mediano de 4,4% (1,0 pontos acima da previsão do INPC). A Região Sul apresentou um aumento médio de 1,2% frente aos acordos analisados, mesmo percentual do Rio Grande do Sul. No geral, o segmento de construção civil foi o que apresentou o maior reajuste percentual mediano, de 2,8%, enquanto agropecuária ficaram com 2,29, serviços 1,8%, indústria 1,3%, e o comércio com 1,1%.
Conforme o levantamento, a proporção de reajustes acima da variação do INPC foi de 89% dos acordos, enquanto 8.5% foram iguais, e 2,5% foram abaixo. Conforme a Fipe. Já uma prévia de fevereiro aponta que 94,6% dos reajustes acima do INPC. Já o piso mediano de janeiro foi de R$1.492, 5,7% maior que o salário mínimo, que é R$ 1.412.