Vendas no varejo crescem 1% em fevereiro, diz IBGE

No RS, alta foi de 8% sobre igual período de 2023

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Em fevereiro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,0%, frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, a alta havia sido de 2,8%. A média móvel trimestral variou 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 8,2% frente a fevereiro de 2023, nono avanço seguido. O acumulado no ano foi de 6,1% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses registrou crescimento de 2,3%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), foram divulgados nesta quinta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Rio Grande do Sul a alta foi de 0,5% na comparação com janeiro deste ano, e de 8% sobre igual período de 2023. Já no varejo ampliado o crescimento foi de 1,5% sobre janeiro e de 7,4% sobre o mesmo mês do ano passado.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,7% em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, que inclui, além das atividades citadas, o atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o varejo ampliado cresceu 9,7%. O acumulado no ano foi de 8,2% enquanto o acumulado em 12 meses a variação acumulado foi de 3,6%.

Em fevereiro, o comércio varejista brasileiro cresceu 1,0% na comparação com o mês anterior, após a alta registrada em janeiro (2,8%). É o segundo mês consecutivo de alta. A última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em setembro). Com isso, o comércio atinge o máximo da série histórica, superando em 0,5% o nível recorde anterior (outubro de 2020), e 7,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

Por outro lado, entre janeiro e fevereiro, houve taxas negativas em dois dos oito grupos de atividades do varejo: Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%). As duas atividades adicionais que compõem o varejo ampliado nesse indicador tiveram trajetória distinta: Veículos, motos, partes e peças cresceu 3,9% e Material de Construção variou -0,2% em volume.

ATIVIDADES

Em relação a fevereiro de 2023, cinco dos oito setores investigados no comércio varejista avançaram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (18,5%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (10,5%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,6%) e Móveis e eletrodomésticos (3,7%). Os outros três setores apresentaram taxas negativas na mesma comparação: Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,2%).

No comércio varejista ampliado, houve taxas positivas nas três atividades adicionais que são consideradas na comparação com o mesmo período do ano anterior: Veículos e motos, partes e peças (16,6%), Material de construção (5,0%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%).

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou alta de 18,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023. Ao todo, são 12 meses consecutivos de crescimento para o indicador interanual (o último mês registrar queda foi fevereiro de 2023: -0,5%). Com isso, a atividade representa a segunda maior contribuição na taxa global do varejo, somando 1,8 ponto percentual ao total de 8,2%. Nos dois primeiros meses do ano o setor acumula 12,7%, mais intenso que até janeiro (7,1%). Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,9% até janeiro para 7,4% em fevereiro, o setor mostra aumento de intensidade de crescimento.