O Brasil acaba de subir duas posições no ranking mundial dos países com maior potência acumulada da fonte solar fotovoltaica, tendo encerrado 2023 com 37,4 gigawatts (GW) de capacidade operacional solar. Com isso, assumiu a sexta colocação no balanço internacional de forma inédita. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA).
Os dados consideram a somatória das grandes usinas solares e dos sistemas de geração própria solar de pequeno e médio portes, em telhados e fachadas de edifícios e em pequenos terrenos, com base na potência total acumulada ao final de 2023. De acordo com a ABSOLAR, a sexta colocação é fruto dos cerca de 11,9 gigawatts (GW) adicionados da fonte solar no ano de 2023. Somente a potência adicionada coloca o Brasil como o quatro maior mercado de energia solar no mundo em 2023.
Com isso, apenas no ano passado, o setor solar atraiu mais de R$ 59,6 bilhões de novos investimentos, um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2022 no País. Em relação à potência acumulada de energia solar, o ranking é liderado pela China (609,3 GW), seguida pelos Estados Unidos (137,7 GW), Japão (87,1GW), Alemanha (81,7 GW) e Índia (72,7 GW). Atualmente, a fonte solar é a segunda maior na matriz elétrica nacional, com 41 GW em operação no Brasil, responsáveis por mais de R$ 195 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 1,2 milhão de empregos verdes no País. Atualmente, a participação da fonte solar equivale a 17,4% da matriz elétrica brasileira.
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a solar fotovoltaica é a fonte renovável mais competitiva do País, sendo uma forte locomotiva para o desenvolvimento social, econômico e ambiental. “O crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e o avanço brasileiro nesta área é destaque internacional. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta e assume cada vez mais protagonismo neste processo de transição energética e combate ao aquecimento global”, explica.