Trimestre encerra com boa reação nos números de produção e vendas de veículos, aponta Anfavea

Produção do setor foi a melhor em quatro meses

Foto: Mauro Schaefer / CP

A produção de 195,8 mil autoveículos em março foi a melhor em quatro meses e superou em 3,2% o volume de fevereiro. No acumulado do trimestre, 538 mil unidades deixaram as linhas de montagem, 0,4% a mais que no mesmo período do ano passado. Os dados foram apresentados durante balanço do primeiro trimestre divulgado  esta segunda-feira, 8, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).

“Acreditamos que os próximos meses serão marcados por aumento contínuo na produção, por isso apostamos muito na nossa previsão de alta de 6% para o ano”, explicou o presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite.

Se essa reação mais relevante ainda é aguardada para a produção de automóveis e comerciais leves, para o segmento de pesados ela já é realidade. A produção de caminhões no primeiro trimestre chegou a 29,3 mil unidades, 19,7% acima do mesmo período de 2023. Para ônibus, a alta é ainda maior, de 61,6%, com 6,5 mil chassis fabricados.

Nas vendas internas, o indicador mais revelador do aquecimento é o da média diária de emplacamentos, que dilui o efeito da quantidade de dias úteis em cada período. A média de 9,4 mil unidades em março cresceu 7,9% em relação a fevereiro e 8,5% sobre março de 2023. No ano, a média diária de emplacamentos já é 12,6% superior à do primeiro trimestre de 2023.

O total de vendas em março foi de 187,7 mil unidades, mês com 3 dias úteis a menos que março do ano passado. Na comparação com fevereiro, houve acréscimo de 13,6%. O volume acumulado no trimestre é de 515 mil autoveículos, 9,1% a mais que no ano passado.

A exportação acumulada se manteve 28% abaixo na comparação com 2023, embora os embarques de março tenham sido os maiores em sete meses, com elevação de 6,5% sobre fevereiro.

MOVER

Desde o final do a no passado a ANFAVEA vem comemorando os anúncios de investimento, que já configuram um recorde histórico. Com novos aportes de fabricantes anunciados no último mês, o ciclo atual já supera R$ 123 bilhões de investimentos ativos desde 2021, sem contar os do restante da cadeia automotiva.

“Ficamos muito satisfeitos com a assinatura do decreto do Programa MOVER no mês passado pelo governo federal. Foi o resultado de muitas sugestões nossas às autoridades competentes, e também da Academia e do setor de autopeças.

Temos a certeza de que estamos diante de um programa que será referência para o mundo em termos de descarbonização, com a liberdade de escolha para os consumidores, que poderão optar pela rota tecnológica mais interessante às suas necessidades”, afirmou Leite.