O Brasil tem ampliado de forma significativa a posição de destaque na transição energética global, com a adição de 4 gigawatts (GW) da fonte solar na matriz elétrica neste primeiro trimestre do ano. O número soma as grandes usinas solares e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia fotovoltaica (ABSOLAR).
De acordo com a entidade, a tecnologia fotovoltaica acaba de ultrapassar a marca de 41 GW de potência instalada desde 2012 e mais de R$ 195 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 1,2 milhão de empregos verdes no País. Atualmente, a participação da fonte solar equivale a 17,4% da matriz elétrica brasileira e contribui cada vez mais para o protagonismo do Brasil na geopolítica de descarbonização das economias.
Somente no segmento de geração centralizada, as grandes usinas solares acabam de atingir 13 GW de potência no País, com cerca de R$ 56 bilhões em investimentos acumulados e mais de 391 mil empregos verdes gerados.
Com os 4 GW adicionados este ano, incluindo a geração distribuída, a fonte solar contribui para diversificar a matriz elétrica nacional e suprir a demanda nos horários de maior consumo de eletricidade pela sociedade. Adicionalmente, pelos cálculos da ABSOLAR, o setor fotovoltaico já evitou a emissão de 50,1 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
De acordo com a entidade, desde 2012, os negócios no setor fotovoltaico garantiram mais de R$ 58,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, a ascensão brasileira na transição energética global é calcada majoritariamente pela expansão da geração solar fotovoltaica. “O ganho de escala, o aumento da eficiência e a evolução tecnológica de ponta fazem da energia solar um dos principais vetores da transformação sustentável no Brasil e no mundo”, comenta.
Já o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, ressalta que a transição energética, com o protagonismo da tecnologia fotovoltaica, contribui fortemente para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, em todas as esferas da sociedade. “Além de acelerar a descarbonização das atividades econômicas e ajudar no combate ao aquecimento global, a fonte solar tem papel cada vez mais estratégico para a competitividade dos setores produtivos, independência energética e prosperidade das nações”, explica.
No segmento de geração distribuída de energia, são 28 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 139,2 bilhões em investimentos, R$ 41,7 bilhões em arrecadação e mais de 841 mil empregos verdes acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração distribuída no País, liderando com folga o segmento.