CPI da Ceee Equatorial ouve comunidade nesta quinta-feira

Foto: Marlon Kevin/CMPA

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação da Ceee Equatorial, ouviu a comunidade, representantes do Procon e do movimento de defesa o consumidor nesta quinta-feira na câmara de vereadores. Durante o temporal que atingiu o Rio Grande do Sul em janeiro, mais de 600 mil clientes da concessionária chegaram a ficar sem luz. Segundo o requerimento que deu origem à CPI, devem ser investigados a estrutura do sistema elétrico, a manutenção da rede, a real composição do quadro de funcionários, a pronta resposta aos clientes sem luz após eventos climáticos, as podas de árvores e denúncias de cobranças irregulares. Conforme o presidente do movimento Edy Mussoi de Defesa do Consumidor, Cláudio Pires, o relatório feito pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul, (Agergs), aponta todas as falhas da Ceee Equatorial que não estava preparada para o temporal do dia 16 de janeiro.

“Recebemos esse relatório que mostra toda a situação da Ceee Equatorial que não tinha estrutura compatível naquela noite, mesmo que já havia uma previsão de temporal. Mesmo assim a empresa não se preparou e não tomou providências”.

Maria Helena Barros que é moradora da comunidade do Beco do Buda, na zona sul da capital, esteve presente na reunião. Ela afirma que a conta de luz dela e dos vizinhos está há meses com valores abusivos. Além disso, com o temporal de janeiro, a mãe dela que mora na mesma comunidade, teve a geladeira queimada quando a luz foi restabelecida no local e até o momento não conseguiu o ressarcimento.

“Até agora ninguém me procurou para falar de ressarcimento. As equipes disseram que fariam um mutirão e estamos guardando uma resposta dos valores que estão vindo nas contas”.

No relatório divulgado pela Agergs nesta semana, a fiscalização aponta que a CEEE Equatorial não antecipou a mobilização de equipes e demais recursos com base na evolução das condições climáticas adversas, destacando que, no dia seguinte à tempestade, a distribuidora ainda não estava atuando com a sua capacidade máxima de equipes. O documento também mostra que, a distribuidora não conseguiu manter uma quantidade constante de equipes enquanto tentava o reestabelecimento da luz, normalizando a situação somente 12 dias depois. No dia 23 de maio haverá a divulgação do relatório final e encerramento da CPI, além de um possível encaminhamento de recomendações para autoridades competentes.