As concessões nominais de crédito alcançaram R$ 501,6 bilhões em fevereiro, mês que apresentou 3 dias úteis a menos em relação a janeiro. Nas séries com ajuste sazonal, as concessões totais decresceram 0,3% no mês, com mesmo percentual de redução observado tanto nas operações com empresas quanto com famílias. No acumulado em 12 meses até fevereiro de 2024, as concessões nominais aumentaram 5,3%, com incrementos de 1,3% nas operações com pessoas jurídicas e 8,6% nas com pessoas físicas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 2, pelo Banco Central.
As concessões médias diárias em fevereiro avançaram 9,5% em relação ao observado em janeiro deste ano, com aumentos de 12,6% no segmento de empresas e 7,3% no segmento de famílias. A taxa média de juros das novas contratações atingiu 27,8% a.a. em fevereiro, com diminuição de 0,4 ponto percentual no mês e de 3,3 pontos percentuais comparativamente ao mesmo período do ano anterior. O spread bancário das novas contratações assinalou 19,2 pontos percentuais, com diminuições de 0,3 ponto percentual no mês e 1,6 ponto percentual em 12 meses.
No crédito com recursos livres, a taxa média de juros atingiu 40,2% a.a. em fevereiro, com decréscimos de 0,3 ponto percentual no mês e de 3,8 pontos percentuais em 12 meses. A redução no mês foi resultado principalmente da efetiva redução nas taxas de juros (efeito taxa), com pequeno efeito contrário na composição da carteira (efeito saldo). Nas operações com empresas, a taxa média alcançou 21,4% pontos percentuais, declínio mensal de 0,9 ponto percentual e de 2,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Basicamente, contribuíram para esse resultado as quedas nas taxas médias das modalidades de desconto de duplicatas e outros recebíveis (‑1,0 ponto percentual), capital de giro com prazo superior a 365 dias (-0,7 ponto percentual) e cartão de crédito rotativo (-38,3 pontos percentuais).
No crédito com recursos livres às famílias, a taxa média de juros atingiu 52,5% a.a., com diminuição mensal de 0,1 ponto percentual e de 6,0 pontos percentuais em 12 meses. Esse resultado foi influenciado, basicamente, pelo decréscimo das taxas médias praticadas nas operações de cartão rotativo (-6,8 pontos percentuais) e cartão parcelado (‑3,3 pontos percentuais).