Um comunicado interno garantiu punição disciplinar aos responsáveis por vídeos falsos envolvendo alunas de um tradicional colégio na zona Norte de Porto Alegre. A nota, assinada pela diretoria da instituição particular, foi enviada a famílias de estudantes. O caso soma 16 vítimas e seis suspeitos, todos matriculados na escola.
No texto, a direção pontua que um grupo de alunos é investigado pela criação e distribuição de montagens com conteúdo pornográfico. Eles teriam utilizado dispositivos de inteligência artificial para simular imagens de colegas nuas.
A mensagem institucional também destaca que a situação foi revelada por alunas à equipe pedagógica, que acionou o 11º BPM, na segunda-feira. Conforme a diretoria, os estudantes envolvidos foram ouvidos na escola, sendo que parte do grupo prestou depoimento no Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), acompanhado por familiares e representantes do colégio.
De acordo com a direção, serão aplicadas consequências para os responsáveis, de acordo com os diferentes níveis de envolvimento de cada um. Ao fim da investigação policial, diz o texto, as medidas disciplinares poderão sofrer alterações.
“Condenamos veementemente a produção, o compartilhamento, o armazenamento de conteúdos de cunho sexual ou de exposição de terceiros de qualquer natureza em ambiente virtual, considerando tais atos como uma forma grave de violência e violação da dignidade das vítimas”, destaca um trecho.
A gestão ainda alerta sobre a importância de educar estudantes e famílias sobre as implicações legais e sociais do uso da tecnologia, especialmente ferramentas como a inteligência artificial. Por fim, fica determinado que vão ser organizadas atividades educativas, focadas na conscientização sobre os direitos, deveres e as consequências associadas à utilização inadequada dos recursos virtuais.