O ministro da Casa Civil Rui Costa, afirmou em visita a Porto Alegre nesta sexta-feira que a realocação das famílias da vilas Areia e Tio Zeca deve acontecer nos próximos meses. Há 10 anos os moradores que vivem no entorno da ponte do Guaíba fizeram um cadastro junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para a compra assistida de moradias, mas até o momento nada foi feito, assim como as obras da nova ponte que também estão paradas. O ministro afirmou que na próxima semana terá uma reunião com o governador Eduardo Leite para tratar do assunto.
“Já existe um cadastro e nós vamos fazer a retirada desses moradores o quanto antes, pois a ocupação dessas famílias está exatamente onde vão ficar os pilares da ponte. Esperamos que em no máximo 90 dias estaremos iniciando a demolição das primeiras casas.”
A área que apresenta uma situação de vulnerabilidade também oferece riscos aos moradores. Esgoto a céu aberto, ligações elétricas irregulares e incêndios nas casas de madeira são apenas alguns dos problemas nas comunidades. O ministro destacou que vai precisar do apoio da prefeitura da capital para que o aluguel social seja feito o mais rápido possível, pois assim os moradores vão poder aguardar em segurança até que as residências fiquem prontas.
“A construção de 600 residências do Minha Casa Minha Vida vai proporcionar moradias dignas a essas pessoas. Sabemos o quanto elas esperam por isso, por serem proprietárias desses imóveis e nós esperamos resolver isso nos próximos meses, pois é impossível seguir com a obra com os moradores residindo no local.”
O detalhamento de valores anunciado pelo governo federal no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) em obras e serviços no Estado é de cerca de R$ 30 bilhões. Entre os projetos previstos que beneficiam a Capital, estão a duplicação da BR-116 e a construção de acessos à nova Ponte do Guaíba. Em 2011 a obra foi anunciada e em 2020 a ponte inacabada foi inaugurada. Na época Foram investidos R$ 850 milhões entre as obras e o reassentamento de famílias que vivem no trecho e aguardam por novas residências.