As vendas dos shoppings do Brasil foram recordes no ano passado, mas o desempenho ficou abaixo do inicialmente previsto por conta do peso dos juros altos e da inflação. O estudo foi divulgado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), apontando que as vendas somadas de todos os lojistas de shoppings em 2023 atingiram o maior valor da história, R$ 194,7 bilhões, uma elevação de 1,5% na comparação com 2022, quando foi a R$ 191,8 bilhões.
O faturamento do setor no ano passado também superou em 1% a performance de 2019, que foi o último ano antes da chegada da pandemia e marcou R$ 192,8 bilhões. O resultado indica que o setor foi capaz de se recuperar da crise sanitária, de modo geral. Já a alta de 1,5% das vendas em 2023 ficou bem abaixo da projeção que a Associação fez no início daquele ano, que era de expansão de 14,6%.
NOVOS CENTROS DE COMPRAS
No ano passado foram inaugurados cinco shopping centers, sendo dois no Sudeste, um no Sul, um no Centro-Oeste e um no Nordeste. Com isso, o total de empreendimentos em operação subiu de 634 para 639 shoppings. Em termos de área bruta locável (ABL), essa expansão representou um aumento de 1,9% sobre o ano anterior, com um total de 17,8 milhões de metros quadrados.
O número de lojas chegou a 121 mil, um acréscimo de 4,5%. Com isso, a taxa de ocupação nos shoppings ao longo de 2023 alcançou 94,6%, contra 94,4% de 2022. E pela primeira vez, a pesquisa da Abrasce computou o total de quiosques. Ao todo são 15.612 unidades em operação.
O fluxo de clientes apresentou um número médio de 462 milhões visitas por mês, um aumento de 4,3% em comparação a 2022, quando a média mensal foi de 443 milhões. Ao todo, o setor acumulou 1,062 milhão de empregos diretos, alta de 1,8% em relação ao ano anterior.