O impasse na negociação do dissídio entre rodoviários de Porto Alegre e as empresas transportadoras de passageiros está chegando ao fim. Isto porque o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte da capital (Stetpoa) aceitou na última semana a proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), com a convenção coletiva assinada na última quinta-feira.
De acordo com os sindicatos representantes dos rodoviários e das empresas, o que ficou definido foi a reposição da inflação no período acordado, além de outros benefícios para a categoria. Entretanto, os rodoviários ainda aguardam a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro para saberem quanto ficará o salário da categoria em 2024. O reajuste levará em conta a inflação de 1º de fevereiro de 2023 a 31 de janeiro de 2024. O novo valor do salário passará a valer já a partir do mês de fevereiro.
Entre os demais benefícios estão a renovação do plano de saúde sem aumento até 2025, o aumento de 10,40% do reajuste no tíquete de refeição que passará para R$ 35, além do aumento do índice de gratificação do motorista que atua também como cobrador que passará de 10% para 15%. No dia 15 de janeiro, o Stetpoa havia aprovado um estado de greve, após não chegar a acordo com as propostas iniciais encaminhadas pelo sindicato patronal.
O presidente do Stetpoa, Adair da Silva, ressaltou que, com a aprovação da proposta, não há mais risco de greve por parte dos rodoviários de Porto Alegre. “Acho que a proposta não foi boa, mas também não foi das piores. Pela primeira vez a gente conseguiu no vale-alimentação este índice de 10,40% e a garantia do plano de saúde por três anos sem aumento. Só não tivemos ganho real. Teremos o reajuste da inflação, que a gente ainda não sabe em quanto vai dar”, citou.