Prévia da inflação na capital tem alta dos alimentos e queda das passagens aéreas

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em janeiro

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) na Região Metropolitana de Porto Alegre foi de 0,42% em janeiro, 0,13 ponto percentual acima da taxa de dezembro (0,29%) e 0,11 ponto percentual maior que o resultado nacional no mês de referência (0,31%). Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 na Região Metropolitana foi de 4,88%, acima dos 4,80% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,34%. O indicador foi divulgado nesta sexta-feira, 26, pelo IBGE.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em janeiro. A maior variação (1,47%) e o maior impacto (0,31 ponto percentual) vieram de Alimentação e Bebidas. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (1,16%), que somou 0,15 ponto percentual no índice do mês, e Habitação (0,37%), com 0,05 ponto percentual. O grupo Transportes, por sua vez, caiu 0,62% em janeiro e contribuiu com -0,13 ponto percentual. As demais variações ficaram entre a queda de 0,63% de Artigos de residência e a alta 0,36% de Educação.

ALIMENTAÇÃO

No grupo Alimentação e bebidas (1,47%), a alimentação no domicílio subiu 1,90% em janeiro. Contribuíram para esse resultado as altas de itens básicos como a batata-inglesa (25,21%), feijão-preto (12,81%), tomate (9,99%), óleo de soja (6,74%), frutas (5,76%) – especialmente a banana-prata (11,69%) e a maçã (7,91%) –, arroz (5,72%) e carnes (1,30%). Do lado das quedas, se destacam a cebola (-9,05%) e os ovos de galinha (-4,95%).

A alimentação fora do domicílio (0,34%) teve variação inferior à de dezembro (0,41%). Enquanto a refeição (0,77%) acelerou em relação ao mês anterior (0,45%), o lanche, que em dezembro tinha tido alta de preços (0,39%), em janeiro teve queda (-0,63%).

Em Saúde e cuidados pessoais (1,16%), o resultado se deve principalmente aos produtos farmacêuticos (1,64%), produtos de higiene pessoal (0,89%) e plano de saúde (0,74%). Entre os medicamentos, destacam-se os psicotrópicos e anorexígenos (3,08%), além dos analgésicos e antitérmicos (2,30%). Já nos produtos de higiene, sobressaem as altas do desodorante (2,92%), produto para pele (2,13%) e perfume (1,88%).

No grupo Habitação (0,37%), a alta da taxa de água e esgoto (1,29%) foi influenciada por reajuste tarifário de 4,97% aplicado em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre, a partir de 1º de dezembro. No resultado da energia elétrica residencial (0,32%) também está contemplada a apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 22 de novembro.

No grupo dos Transportes (-0,62%), houve queda na passagem aérea (-15,71%), subitem com o maior impacto individual no índice do mês (-0,21 ponto percentual). Outras variações negativas foram observadas no transporte por aplicativo (-3,04%) e no seguro voluntário de veículo (-1,08%). Do lado das altas, destacam-se a gasolina (0,88%) e os automóveis novos (1,20%).