O vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, declarou na manhã desta quinta-feira (18) que a normalização do abastecimento de água depende do retorno da energia elétrica na cidade. Desde o temporal da última terça-feira, alguns bairros da Capital ainda seguem com o fornecimento interrompido, com usuários relatando ficar mais de 36 horas sem o produto.
Na manhã de quarta, o prefeito Sebastião Melo disse no X, o antigo Twitter, que estaria com dificuldades para entrar em contato com os diretores da CEEE Equatorial. Já no programa Agora, da Rádio Guaíba, o vice-prefeito revelou que a comunicação entre os gestores foi retomada e que gradualmente ocorre a solução da falta de luz nas estações de tratamento e bombeamento de Porto Alegre.
“Ainda há casas de bombas do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), por exemplo, sem bombeamento. Nós temos estações de tratamento de água sem energia. Então, a comunicação foi retomada e os serviços estão sendo retomados aos poucos. Ainda temos uma dificuldade com muitas casas de bombas, especialmente no sistema do Menino Deus, onde a situação é um pouco caótica e na região do Moinhos de Vento já voltando mas outras áreas apresentam dificuldades”, salientou.
Conforme Ricardo Gomes, após o anúncio do presidente da concessionária de energia, Riberto Barbanera, de que 100% dos usuários da CEEE na Capital devem ter a situação resolvida até o próximo sábado, o Executivo enviou para a empresa uma ordem de preferência com relação ao retorno da luz. “Obviamente pedimos para priorizar as instalações de saúde como hospitais, postos de saúde e casas de idosos e o sistema de abastecimento de água. Então a prefeitura priorizou estes processos e a CEEE tem o resto da cidade inteira para atualizar”, mencionou.
Questionado sobre a implantação do sistema de geradores nas estações para evitar desabastecimento de água, o vice-prefeito disse também que o sistema é caro, ineficaz e que atenderia apenas a demanda de pequenas casas de bombas da Capital.
Vegetais
Conforme balanço divulgado na manhã desta quinta-feira pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Porto Alegre ainda apresenta 129 ocorrências envolvendo interrupção em vias, sendo oito com bloqueio total por queda de árvores, 12 por postes ou fios caídos e um por acúmulo de água, além de 58 bloqueios parciais.
De acordo com Ricardo Gomes, o poder público segue um cronograma estabelecido por etapas, para a questão. “Em primeiro lugar, árvores que estejam com risco de cair sobre a rede elétrica e, principalmente, sobre residências ou locais onde há pessoas. As árvores que bloqueiam vias arteriais, as de grande tráfego, já foram, em sua imensa maioria, enfrentadas. Depois nós vamos para as que bloqueiam vias menores e, por fim, nós vamos chegar aos galhos e árvores que estão sobre vias de passeio público, calçadas e parques, concluiu.