Assaltos a ônibus em Porto Alegre caem 94% em oito anos

Registro de ocorrências foi essencial para a queda nos assaltos

Fotos: Pedro Piegas / PMPA / Divulgação

Segundo o boletim divulgado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação, (EPTC) foram 915 casos em 2016 contra 55 em 2023. O gerente de fiscalização de transporte, Adailton Maia, ressaltou que, mesmo com o aumento de 4% no número de passageiros, foi possível manter a redução que aconteceu de forma gradual nos últimos oito anos.

“Foi um trabalho organizado junto com as forças de segurança onde criamos um fluxo de reclamações de assaltos, com os eixos onde mais aconteciam esses casos. Junto com as blitz e 100% da frota monitorada foi possível capturar e reconhecer os criminosos”.

Desde 2016, o grupo, que participa do Fórum do Transporte Seguro, realiza reuniões mensalmente visando ações integradas para diminuir os números de ocorrências. A queda também depende do registro de atitudes suspeitas e das ocorrências via 190 da Brigada Militar, com o número da linha e prefixo do ônibus para que os órgãos competentes possam coibir as situações que colocam em risco o uso do transporte público.

“A ocorrência precisa ser feita para poder transformar isso em uma ação bem qualificada, junto com o flagrante e o inquérito. Fazendo o registro pelo 190 ele vai para o banco de dados da polícia e é possível ir atrás dos dados que vão chegar na prisão do criminoso, então é essencial o registro pelo 190”.

Ainda de acordo com a EPTC, Porto Alegre é a única cidade do Brasil que possui uma delegacia para tratar de roubo a transporte coletivo, onde as ocorrências são registradas e investigadas. Devido a esse diferencial também foi possível diminuir o número de assaltos. Além disso o transporte público de Porto Alegre é utilizado como modelo em segurança por outras capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde os índices de assaltos permanecem em alta.