A quinta-feira, 11, vai concentrar as atenções do mercado financeiro sobre uma informação relevante da economia brasileira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os números finais da inflação oficial do Brasil que deve fechar o ano de 2023 abaixo do teto da meta de inflação, conforme definiu o Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros da Fazenda, do Planejamento e pelo presidente do Banco Central.
Em 2023, a meta de inflação era de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, variando entre 1,75% e 4,75% como teto máximo. Se confirmado o resultado anual, será a primeira vez desde 2020. No começo do ano passado, as projeções de economistas no início de 2023 diziam que o ano não seria diferente.
Para André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o comportamento dos preços de alimentos foi determinante para o resultado. No primeiro semestre houve uma supersafra agrícola no Brasil, que favoreceu a produção e reduziu os custos de alimentos. A maior oferta de grãos puxou para baixo os preços do subgrupo de Alimentação no domicílio, que é composto por frutas, legumes e carnes in natura.