A utilização das câmaras de radiação ultravioleta, inicialmente concebidas para o tratamento de condições dermatológicas, como psoríase e vitiligo, é empregada com o objetivo de atingir o bronzeamento. Entretanto, seu uso com finalidades estéticas está proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2009.
Um aspecto levantado pela dermatologista é a ausência de regulamentação que dificulta a determinação dos níveis de proteção oferecidos por cada equipamento, aumentando ainda mais os perigos associados ao seu uso. Ela também destaca o efeito nocivo para os olhos durante o procedimentos realizados nas câmaras. E alerta que os efeitos são cumulativos, quanto mais jovem e tempo de exposição mais prejudicial à saúde.
Sabrina lembra que mesmo antes da indicação para uso em tratamentos de saúde, é realizada uma investigação minuciosa, onde é verificado se os benefícios são maiores que os riscos que podem ser provocados.
“Outra coisa que tem que lembrar é que existem medicamentos que são fotossensibilizantes. Às vezes as pessoas fazem uso de alguma medicação que pode fazer com que pequena exposição à luz solar ou à radiação ou a câmaras de bronzeamento façam uma queimadura. Então até isso tem que cuidar”, sublinha a médica.
A dermatologista ressalta que o tempo nas câmaras de bronzeamento é cinco vezes menor do que uma exposição ao sol, mas as pessoas devem procurar, por exemplo, repor a vitamina D de forma natural. Para quem deseja ficar com a pele um pouco mais bronzeada, sem correr o risco com os danos, a médica indica o uso de um creme autobronzeador sem sol.
Muitas dos equipamentos bronzeiam sem deixar a pele vermelha e isso pode gerar a falsa sensação de que não houve queimadura, mas os raios ultravioletas do tipo “A”, também conhecidos como UVA, que são emitidos pelos equipamentos, aumentam o melasma, envelhecimento precoce e sardas brancas.
Apesar das ações de fiscalização realizadas pela vigilância sanitária de Porto Alegre, recentemente, tais esforços têm sido limitados devido a liminares que autorizam o uso dessas câmaras, prejudicando o controle e a prevenção.
As denúncias sobre locais em Porto Alegre que oferecem esse tipo de serviço podem ser realizadas pelo 156, ou pelos canais de denúncia da Secretaria da Segurança Pública: o telefone 181 e o denúncia-digital no site. As denúncias são anônimas e as realizadas pelo site podem ter imagens anexadas.