Quatro dias após a explosão em um condomínio no bairro Rubem Berta, na zona Norte de Porto Alegre, quatro torres ainda estão interditadas. Na tarde desta segunda-feira, moradores organizaram um protesto em frente ao local, pedindo mais apoio dos órgãos públicos. Eles reclamam que não têm para onde ir e cobram mais agilidade na resolução do problema.
A estrutura tem 22 torres. Em torno de 20 moradores estão abrigados no salão de festas do condomínio. Segundo os condôminos, a construtora não tem dado retorno rápido e eficiente. Eles também alegam que estão sem alimentação e que não recebem apoio financeiro.
Não há prazo para que eles possam voltar para os apartamentos. Um morador desabafou à Record RS que financiou o apartamento, ainda está pagando e não tem onde morar.
Conforme o Instituto-Geral de Perícias (IGP), a principal suspeita é que a explosão foi causada por um vazamento do sistema de gás do condomínio. As causas da falha são analisadas pelo órgão, que buscará esclarecer se foi um problema da tubulação do prédio ou de um apartamento.
No último sábado a Defesa Civil recebeu o laudo técnico da estrutura. A análise revelou que as torres 9 e 10 enfrentam risco iminente de colapso, devido ao arranchamento da fachada do apartamento 303 (torre 10) e unidades adjacentes, comprometendo severamente a estabilidade da edificação. As lajes e paredes dos apartamentos 203, 303, 304 e 403 também apresentam deformações significativas.
As torres 11 e 12, que ficam próximas às torres afetadas, correm risco devido à possibilidade de colapso das torres 9 e 10. Recomenda-se a proibição de acesso e permanência nessas quatro torres, permitindo apenas a entrada de pessoal especializado para retirada de pertences mínimos dos moradores, com tempo limitado a 10 minutos e sem a presença simultânea de mais de duas pessoas.