A segunda-feira, 11, do mercado argentino tem indicativos de ser agitada. Os indicativos são de que, após tomar posse como presidente do país vizinho, o economista argentino Javier Milei prepara uma série de medidas econômicas que deverão passar por um choque fiscal, que em seu discurso de posse foi apontado como uma medida aguda e dolorosa para resolver a pior crise econômica do país que levou a inflação para os 200% anuais.
Os indicativos são de que deverão ser, segundo o jornal El Clarín, 14 medidas que incluem corte de gastos, liberalização de preços de combustíveis e planos de saúde, além de desvalorização do peso e privatizações. O objetivo é alcançar déficit zero em 2024.
Entre as medidas estão a proibição ao Banco Central da Argentina de emitir moeda para financiar o Tesouro, com retirada gradual dos subsídios às tarifas entre janeiro e abril, liberação de preços de combustíveis e planos de saúde. Já no setor público é esperada a transformação de empresas públicas em sociedades anônimas para facilitar sua venda, desvalorização do peso e fixação do dólar comercial em cerca de 600 pesos. Entretanto, há indicativos de que a taxa de câmbio oficial teria um acréscimo adicional de 30% do imposto PAIS (sigla para Por uma Argentina Inclusiva e Solidária).