Produção industrial varia 0,1% em outubro, diz IBGE

No Rio Grande do Sul, o indicador passou de uma queda de 5,2% para uma alta de 1,2%

Foto: FCA/Divulgação

Com a variação de 0,1% na produção industrial nacional na passagem de setembro para outubro, dez dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional neste indicador registraram taxas positivas. Os maiores avanços individuais vieram de Pernambuco (12,4%), Bahia (8,1%) e Região Nordeste (4,2%), enquanto São Paulo (0,6%) registrou a segunda maior influência no resultado mensal, atrás apenas do estado baiano. No Rio Grande do Sul, o indicador passou de uma queda de 5,2% para uma alta de 1,2%.

Já o maior avanço para o mês veio de Pernambuco, que assinalou alta de 12,4%. “Em outubro, percebemos uma mudança sobre os resultados da indústria pernambucana, com o setor de derivados de petróleos, de alimentos e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos exercendo os maiores impactos para a indústria pernambucana. Esse resultado eliminou parte da perda acumulada nos últimos quatro meses, que foi de 18%. Não é possível dizer que esse resultado representa um princípio de recuperação, mas, sim, um movimento compensatório da indústria local”, explica o analista da PIM Regional, Bernardo Almeida.

AVANÇO

Na comparação com outubro de 2023, o setor industrial cresceu 1,2% em outubro de 2023, com resultados positivos em doze dos dezoito locais pesquisados. No mês, Paraná (28,9%), Espírito Santo (16,9%), Goiás (13,0%), Pernambuco (11,4%) e Mato Grosso (10,0%) assinalaram os maiores avanços, impulsionados pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, produtos alimentícios e produtos de madeira no primeiro local, e de indústrias extrativas e celulose, papel e produtos de papel, no segundo.

Mato Grosso do Sul (9,1%), Pará (8,0%), Bahia (7,5%), Santa Catarina (3,9%) e Ceará (3,2%) também apontaram avanços mais intensos do que a média nacional (1,2%), enquanto Região Nordeste (1,0%) e Rio Grande do Sul (0,6%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice mensal de outubro de 2023.

Por outro lado, Rio Grande do Norte (-14,8%), Maranhão (-7,4%) e Amazonas (-5,7%) assinalaram os recuos mais acentuados, pressionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, sal associado à extração e gás natural) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis e querosenes de aviação), no primeiro local; e de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural) e metalurgia (óxido de alumínio e ferro-gusa), no segundo. As demais quedas foram no Rio de Janeiro (-1,7%), Minas Gerais (-0,5%) e São Paulo (-0,1%).