O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 0,5 ponto em novembro em relação a outubro, para 110,4 pontos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 30, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao revelar que o índice permaneceu no patamar superior a 110 pontos, limite inferior da faixa de incerteza considerada elevada. “Após a alta do mês anterior, a ligeira queda do nível de incerteza em novembro sugere uma estabilidade em patamar moderadamente desfavorável”, avaliou em nota a economista Anna Carolina Gouveia.
Segundo ela, o resultado foi determinado pela queda do componente de Expectativas, com redução da dispersão das previsões de inflação, juros e câmbio para daqui a 12 meses. Em sentido oposto, o componente de Mídia, que mede o nível de incerteza através das notícias econômicas, subiu no mês, influenciado pela piora das projeções para o déficit primário de 2023. “No mês, as incertezas externas com relação às eleições na Argentina, também podem ter influenciado no resultado”, avaliou.
O componente de Mídia subiu 0,4 ponto em novembro, para 112,2 pontos, contribuindo positivamente com 0,3 ponto para a evolução do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, caiu 4,3 pontos, para 98,8 pontos, menor nível desde janeiro de 2018 (93,9 pts.) e contribuindo negativamente com 0,8 ponto para o IIE-Br.
“Com exceção ao mês passado, a queda do componente de Expectativas ao longo do segundo semestre leva o indicador ao nível registrado em 2018. O avanço da agenda das políticas econômicas do ano e as previstas para o futuro, como a reforma tributária, assim como uma maior estabilidade política parecem gerar um ambiente com menor volatilidade na economia, proporcionando maior previsibilidade para os agentes econômicos”, explicou Ana Carolina.