Nenhum refém israelense sequestrado pelo grupo terrorista Hamas será libertado antes de sexta-feira (23), anunciou o chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, apesar da expectativa de que tanto a trégua quanto as primeiras libertações começassem na quinta-feira (22).
“As negociações para a libertação de nossos reféns não cessam”, afirmou Hanegbi em um comunicado, acrescentando que “as libertações começarão de acordo com o acordo original entre as partes, e não antes de sexta-feira”.
Israel está em guerra contra o Hamas, que comanda a Faixa de Gaza, desde 7 de outubro, quando integrantes do Hamas espalharam o terror em território israelense, massacrando 1.200 pessoas e sequestrando outras 240, que foram levadas para cativeiros subterrâneos em Gaza. A maioria das vítimas são civis, incluindo mulheres, crianças e idosos.
Nesta quarta-feira (22), o parlamento de Israel concordou com uma pausa de quatro dias nos combates para permitir a libertação de 50 reféns mantidos em Gaza em troca de 150 palestinos presos em Israel e a entrada de ajuda humanitária no enclave sitiado.
Autoridades do Catar, que têm mediado as negociações, bem como dos Estados Unidos, de Israel e do Hamas, vinham dizendo há dias que um acordo era iminente.
Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que 50 mulheres e crianças serão libertadas em quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates.
Para cada dez reféns adicionais libertados, a pausa seria estendida por mais um dia, disse, sem mencionar a libertação de prisioneiros palestinos em troca.
“O governo de Israel está empenhado em devolver todos os reféns para casa. Hoje à noite, ele aprovou o acordo proposto como um primeiro estágio para atingir esse objetivo”, disse o comunicado, divulgado após horas de deliberação, que foram fechadas à imprensa.
Israel se comprometeu a não atacar ou prender ninguém em todas as partes de Gaza durante o período de trégua, acrescentou. O acordo também permitirá que centenas de caminhões de ajuda humanitária, médica e de combustível entrem em Gaza, ressaltou o Hamas.