A produção de motos voltou a recuar em outubro, momento em que a seca do rio Amazonas e afluentes dificultou o transporte fluvial de componentes às montadoras do polo industrial de Manaus (AM). A produção de motocicletas apresentou um recuo de 6,4%, conforme balanço da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas Ciclomotores Motonetas Bicicletas Similares (Abraciclo). A produção já tinha recuado 14,5% em setembro, na comparação com agosto, quando o volume de motos fabricadas foi o maior em uma década.
No total, 131,3 mil motocicletas foram montadas em outubro, 4,4% a menos do que o registrado no mesmo mês de 2022. No mês passado, o cenário no Rio amazonas impediu a entrada dos grandes navios, obrigando as fábricas a recorrer a alternativas que tornaram a logística mais lenta, como o transporte de cargas por balsas, ou o transporte de componentes por aviões.
O resultado no ano, porém, segue amplamente positivo, como reflexo do crescimento do mercado, que tem sido impulsionado pela expansão dos serviços de entrega (delivery), bem como pela substituição dos carros por veículos mais baratos e econômicos. De acordo com o balanço da Abraciclo, 1,32 milhão de motos foram produzidas de janeiro a outubro, 10,4% a mais do que o mesmo período de 2022 e o melhor resultado em dez anos. A previsão da entidade é terminar 2023 com 1,56 milhão de motos produzidas, o que corresponde a um crescimento de 10,4% em relação ao resultado de 2022.