Semana mais curta fica agita a economia com decisões sobre juros

Começo da semana tem o Relatório Focus, do Banco Central

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A semana econômica, mais curta em função do feriado, será marcada pelas decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Ambas acontecem na quarta-feira, dia 1º de novembro. Por aqui, a expectativa da maioria dos analistas aponta para a manutenção do ritmo de cortes de 0,5 ponto percentual e leve a taxa Selic a 12,25% ao ano, como aliás estava previsto no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central

Entretanto, investidores ficarão atentos a sinais sobre quais serão os passos seguintes da autoridade monetária norte-americana, com a decisão do FOMC (órgão equivalente nos EUA, vinculado ao Federal Reserve). Além disso, a semana também incluiu e dados de emprego aqui e os Estados Unidos, com o payroll na sexta-feira, 3.

Entretanto, a semana também inclui outros indicadores. O começo da semana tem o Relatório Focus, do Banco Central, com a estimativa de mais de 100 analistas do mercado financeiro sobre os principais indicadores da economia nacional. No mesmo dia saem o IGP-M, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e utilizado como referência para reajustes de aluguel, que analistas projetam com um aumento mensal de 0,50%, levando a taxa anual a -4,6%. Há ainda a divulgação das sondagens do comércio e de serviços, também pela mesma fundação.

SELIC

Mesmo com o avanço da complexidade no cenário externo com o aumento de juros de longo prazo nos EUA e o conflito no Oriente Médio, além da fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que “dificilmente” o governo alcançará a meta de déficit zero em suas contas em 2024”,  as apostas seguem na melhora dos indicadores de inflação e a desvalorização moderada do real para manutenção dos cortes mencionados.

Entre os indicadores, os dados de geração de emprego formal do Caged e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Continua) devem mostrar avanços significativos da massa salarial real. As projeções dos analistas indicam a criação de 205 mil empregos formais, após 220 mil em agosto.

Na véspera do feriado, quarta-feira, a agenda fica cheia enquanto o mercado aguarda a decisão do Copom. Serão apresentados os dados de IPC-S, Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, PMI da Indústria da Transformação, além de divulgações do Banco Central, como índice commodities Brasil e fluxo cambial semanal. A balança comercial de outubro também será divulgada, com projeção de US$ 9,1 bilhões.