O Gabinete de Segurança Institucional do Governo do Estado do Rio de Janeiro reforçou a segurança do governador Cláudio Castro e da família dele após o setor de inteligência da Polícia Civil ter identificado um plano de atentado contra o chefe do Executivo, a primeira-dama e os dois filhos do casal. As informações foram confirmadas nesta quinta-feira pela assessoria de imprensa do governo fluminense.
Segundo nota divulgada à imprensa, a descoberta do plano ocorreu após ataques da milícia ao transporte público na zona Oeste do Rio. Os atentados se seguiram à morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, apontado como segundo homem na hierarquia de um grupo de milicianos que atua naquela área. Ele é sobrinho do chefe da facção, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
O governo do estado acrescentou que as informações permanecem “sob rigorosa investigação para que os autores sejam identificados e punidos”.
Caos na zona Oeste
Os atentados promovidos por milicianos causaram destruição na frota de ônibus da cidade. Segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, 35 coletivos foram incendiados no início da semana. Além disso, um trem da SuperVia também virou alvo dos criminosos e teve a cabine queimada.
O temor causado pelos ataques levou ao fechamento de escolas públicas e privadas na região, e até mesmo lojas de centros comerciais encerraram o expediente mais cedo. Em Santa Cruz, bairro mais atingido, 7 mil pessoas ficaram sem atendimento médico na terça-feira devido ao fechamento de unidades de saúde da rede municipal.
Apoio federal
Na quarta-feira, o governador Cláudio Castro esteve em Brasília para pedir apoio federal no combate às milícias que assumiram o controle de diversas áreas da capital. Castro também esteve no Senado, onde levou propostas para o endurecimento de penas para esse tipo de delito.
Os governos estadual e federal também anunciaram a formação de uma força-tarefa para asfixiar o poder econômico de quadrilhas do crime organizado.