As forças israelenses deram início às incursões terrestres na Faixa de Gaza, informou o Exército nesta sexta-feira, depois de evocar uma possível invasão a esse território palestino, densamente povoado.
“Nas últimas 24 horas, as Forças de Defesa de Israel [IDF, na sigla em inglês] realizaram incursões em locais determinados no território da Faixa de Gaza (…) para limpar a área de terroristas e de armas”, informou um comunicado militar, que acrescentou que essas operações também tinham como objetivo “localizar pessoas desaparecidas”.
O Exército de Israel convocou “a saída de todos os civis” de Gaza, para a própria “segurança e proteção”. Pela manhã, o país lançou panfletos em árabe dos aviões, instando moradores a deixarem os locais onde vivem “imediatamente”.
“O Hamas maximiza os danos aos civis em Gaza, escondendo-se atrás deles. As FDI [Forças de Defesa de Israel] minimizam os danos aos civis em Gaza, lançando intermináveis folhetos instando-os a deixar o perigo”, afirmou o Exército israelense.
O Exército deu um prazo, a princípio, de 24 horas, mas depois admitiu que essa retirada “vai levar tempo”.
O Hamas negou imediatamente a ordem. “Nosso povo palestino rejeita a ameaça dos líderes da ocupação [israelense] e seus apelos para que deixem suas casas e fujam para o sul, ou para o Egito”, declarou em um comunicado.
Desde o início das hostilidades, em 7 de outubro, após um sangrento ataque do grupo terrorista, cerca de 1,3 mil pessoas morreram em Israel, a maioria civis. Entre os mortos, há pelo menos 258 soldados israelenses, segundo o Exército.
Na Faixa de Gaza, os maciços bombardeios israelenses, lançados em resposta, deixaram 1.799 mortos, segundo as autoridades locais.
O grupo terrorista também mantém cerca de 150 reféns na Faixa, dos quais 13, “incluindo estrangeiros”, morreram em bombardeios israelenses, disse o braço armado do Hamas nesta sexta.