Ali Barakeh, membro da liderança exilada do grupo extremista Hamas, afirmou que o Irã não ajudou o grupo terrorista palestino Hamas a realizar o ataque da madrugada de sábado contra Israel, mas que o país está disposto a se juntar ao movimento — assim como o Hezbollah, grupo paramilitar fundamentalista islâmico xiita. Barakeh também disse que apenas um número de comandantes tinha conhecimento dos atentados, que começaram no fim de semana.
“Apenas alguns comandantes do Hamas sabiam da hora zero”, declarou Barakeh, acrescentando que ninguém do comando central ou do gabinete político do Hamas esteve na capital libanesa na semana passada.
Ele também reconhece que o Irã e o grupo militante Hezbollah ajudaram o Hamas no passado, mas disse que desde a guerra de Gaza de 2014 o Hamas vem produzindo os próprios foguetes e treinado combatentes.
Após o ataque do Hamas no sábado, Israel realizou uma contraofensiva e declarou guerra ao grupo palestino, com o lançamento de mísseis que atingiram 1,2 mil alvos na Faixa de Gaza no fim de semana e o cerco total do território palestino. Com a medida, os palestinos ficaram impedidos de ter acesso a recursos básicos, como água e comida.
Entidades alertaram para o risco de uma “crise humanitária sem precedentes” se o cerco a Gaza continuar. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que está “profundamente angustiado” com o anúncio do governo de Israel.
Até a manhã desta terça-feira, o saldo de mortos em decorrência do conflito era de 1,7 mil — mil israelenses e 704 palestinos, embora o Exército de Israel tenha anunciado que pelo menos outros 1,5 mil corpos de combatentes do Hamas foram encontrados no país e na Faixa de Gaza.