Passa de 250 o número de cidadãos de Israel mortos em ataques promovidos pelo grupo extremista Hamas, neste sábado, informou a imprensa local, citando fontes médicas.
Mais de 1,4 mil pessoas ficaram feridas nos atentados, que seguem acontecendo em 22 locais. Às 14h15min (horário de Brasília), ainda havia situações em que os invasores faziam reféns, segundo o jornal The Times of Israel.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza e é classificado como organização terrorista pelos EUA, União Europeia e Israel, lançou uma ofensiva sem precedentes hoje cedo.
Foram disparados, segundo o próprio grupo, mais de 7 mil mísseis em direção ao território israelense, em uma operação que o Hamas chamou de Dilúvio de Al-Aqsa.
Paralelamente, milicianos do Hamas invadiram o país por terra, ar e mar. Foram vistos parapentes cruzando a fronteira de Gaza com Israel. Uma incursão desse tipo nunca havia acontecido.
Civis e militares foram mortos, e dezenas de cidadãos israelenses foram sequestrados e levados para Gaza.
O vice-chefe do Hamas disse à emissora de TV Al Jazeera que já existe, em poder do grupo, um número “suficiente” de israelenses para libertar todos os palestinos presos do outro lado da fronteira.
Resposta de Israel
Imediatamente, o Exército israelense respondeu, iniciando uma série de bombardeios a diversos alvos em Gaza.
Autoridades em Gaza dizem que a contraofensiva já matou 232 pessoas e deixou quase 1,7 mil feridas. “Os hospitais na Faixa de Gaza receberam até agora 232 vítima e 1.697 pessoas com ferimentos de diferentes graus devido à agressão israelense”, afirmou o Ministério da Saúde em comunicado.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, em uma reunião do Gabinete de Segurança.
“Estamos em guerra e vamos vencer”, afirmou, ao ressaltar que havia ordenado uma extensa mobilização de reservistas para devolver o fogo “com uma magnitude que o inimigo não conheceu”.
Netanyahu determinou que sejam cumpridos três objetivos iniciais: “Nosso primeiro objetivo é eliminar as forças hostis que se infiltraram em nosso território e restaurar a segurança e a tranquilidade nas comunidades que foram atacadas. O segundo objetivo, ao mesmo tempo, é impor um preço imenso ao inimigo, dentro da Faixa de Gaza também. O terceiro objetivo é reforçar outras frentes para que ninguém se engane ao se juntar a esta guerra.”