Chega a 80 o número de animais encontrados mortos ou doentes após a confirmação de dois focos de gripe aviária no litoral Sul gaúcho. A doença pode ter afetado oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos na praia do Cassino, em Rio Grande; 29 leões-marinhos e 25 lobos-marinhos em Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar; dez leões-marinhos nos Molhes da Barra de São José do Norte; um leão-marinho na Praia Real, em Torres; e cinco leões-marinhos em Quintão.
Ao menos leão-marinho da patagônia e em lobo-marinho sul-americano oficialmente foram diagnosticados com Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) na praia do Hermenegildo. De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou o diagnóstico.
Esse é o segundo foco registrado em mamíferos aquáticos na costa litorânea e o terceiro do Rio Grande do Sul, considerando o verificado em maio, na Reserva do Taim, em aves silvestres (cisne-de-pescoço-preto), já encerrado. As autoridades esclarecem que as notificações não alteraram a condição sanitária do Rio Grande do Sul e do país, já que não há registro da doença na avicultura comercial.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Seapi, Rosane Collares, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) está atendendo a todas as notificações registradas e dando suporte às ações necessárias junto aos municípios. “Nossa maior recomendação, neste momento, é que as pessoas não se aproximem e nem mexam em animais marinhos que forem encontrados nas praias gaúchas. A influenza é uma doença viral altamente contagiosa que, no contato com o animal sintomático, pode haver a possibilidade de contágio de humanos”, ressalta.