O governo brasileiro anunciou neste sábado que vai convocar reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), para tomar decisões sobre os ataques realizados a Israel a partir da Faixa de Gaza. O Brasil está na presidência do conselho.
Em nota, o governo brasileiro condenou a série de bombardeios e ataques terrestres a Israel a partir da Faixa de Gaza. “Não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis. O governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”.
Segundo a nota do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil reforçou ainda o compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
Os ataques mataram pelo menos 100 cidadãos israelenses, além de deixar mais de 900 feridos. “O Brasil expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”. Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
“Reafirmamos que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão Israel-Palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz. Lamentamos que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina”, menciona a nota.
Alerta de Guerra
Após ter sido alvo do bombardeio de sete mil foguetes, conforme a declaração do líder do braço armado do Hamas, Israel decretou Estado de Alerta de Guerra, ordenando a mobilização dos reservistas. Depois do ataque, Israel respondeu com a operação Espadas de ferro e dezenas de aviões de combate bombardearam pontos da Faixa de Gaza. Do lado palestino, ao menos 198 pessoas morreram e 1,6 mil ficaram feridas, conforme a rede de TV Al-Jazeera.