O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) registrou uma queda de 1,7 ponto em setembro, para 106,8 pontos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 29, da Fundação Getulio Vargas (FGV), e mantem o indicador pelo quarto mês seguido abaixo dos 110 pontos, o que não ocorria desde fevereiro de 2018. “No geral, a manutenção da política de afrouxamento monetário e controle da inflação têm influenciado na queda do IIE-Br e pode continuar contribuindo nos próximos meses”, disse afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre.
Segundo ela, a dinâmica insatisfatória do cenário internacional e as incertezas fiscais, levantadas recentemente, podem ocasionar alguma volatilidade futura no indicador, dificultando uma queda adicional da incerteza nos próximos meses.
Um dos dois componentes do indicador, de Mídia, tem como base a frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online. Em setembro, este componente caiu 0,8 ponto, para 107,7 pontos, contribuindo negativamente com 0,7 ponto para a evolução do índice agregado. O segundo componente é o de Expectativa, e tem base na variação das previsões dos analistas econômicos na pesquisa Focus para o comportamento da taxa de câmbio, da Selic e do IPCA acumulado nos 12 meses à frente. O componente de Expectativas recuou 4,5 pontos, para 100,7 pontos, menor nível desde janeiro de 2022, quando marcou 99,6 pontos, contribuindo negativamente com 1,0 ponto para a variação do índice cheio.