A indústria brasileira está aumentando a quantidade da produção destinada aos mercados internacionais, mas perdendo espaço para concorrentes do exterior no Brasil. É o que mostra o último levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) dos coeficientes de exportação e importação do setor, com base em números do ano passado. Enquanto percentual da produção exportado, subiu de 18,6% para 20,3% em 2022, a participação de bens importados no consumo dos brasileiros, passou de 24,8% para 25,9%.
Foi o segundo ano consecutivo de crescimento da importância do mercado internacional na produção da indústria de transformação. Dentre os 23 setores avaliados, 15 aumentaram a parcela da produção vendida a mercados internacionais, com destaque para a indústria de papel e celulose, onde o porcentual subiu em 6,4 pontos porcentuais, para 44,3% no ano passado.
Já no coeficiente de importações, houve redução em apenas quatro setores: farmoquímicos e farmacêuticos; metalurgia; ferro e aço; e produtos primários de metais preciosos e outros metais não ferrosos. No consumo de vestuário e acessórios, foi onde os importados mais ganharam espaço: de 10,4% para 14,6%.
O estudo é feito anualmente pela CNI em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), e apontam o grau de integração da indústria brasileira com o comércio exterior.