A onda de calor que atinge as diferentes regiões do Brasil deve fazer com que a carga nacional de energia elétrica em setembro seja equivalente à registrada no verão, quando o consumo geralmente é maior pelo uso de ar-condicionado e outros equipamentos de refrigeração. O cenário já é previsto pelo Operador Nacional de Energia Elétrica (ONS), que disse esperar uma “considerável elevação” das temperaturas até 22 de setembro nas capitais dos Estados que integram os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, principais centros de consumo de energia do país
A estimativa mais atualizada do ONS para a carga de energia em setembro, mês que marca o fim do inverno, é de 74.756 megawatts-médios (MWm), patamar bem acima do normal para o período, quando o indicador costuma ficar abaixo dos 70.000 MWm, conforme dados disponibilizados pelo órgão em seu site. Se confirmada, a carga terá um aumento acima de 5% comparado com o mesmo mês do ano passado, e próxima do alcançado em fevereiro (74.703 MWm) e março (75.759 MWm) deste ano, também pela série histórica do ONS.
Para 2023, a expectativa é de que a carga cresça 3,5% em relação ao ano passado, segundo a previsão mais recente elaborada em conjunto por ONS, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).