E chegamos a super quarta-feira, dia aguardado por investidores de mercados globais para conhecer as decisões sobre política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. No cenário interno, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulga no final da tarde sua decisão sobre a taxa básica de juros, e quando a imensa maioria do mercado financeiro projeta uma redução de 0,5 ponto percentual, que hoje está em 13,25% ao ano.
Ao longo do dia, é esperado também o anúncio da política monetária do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos. Neste caso, economistas estimam manutenção dos juros, mas aguardam as sinalizações que serão dadas pela autoridade monetária em relação aos próximos passos.
Os juros dos Treasuries (Tesouro Americano) avançaram na véspera, com o retorno do título (T-note) de 10 anos chegando a tocar máximas desde 2007, com grande dúvida sobre os passos seguintes na política monetária norte-americana e qual será o novo nível “normal” de juro no médio prazo. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 terminou o dia aos 12,27%, mesmo patamar do ajuste anterior; a do DI para janeiro de 2025 subiu de 10,425% para 10,495%.
No Brasil, o dia começou com a divulgação do IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), e que mostrou avanço mensal de 0,44% na leitura de julho. O indicador de atividade divulgado pelo Banco Central, mostrou avanço mensal de 0,44% na leitura de julho.
O resultado ficou um pouco acima da mediana projetada por analistas do mercado financeiro, e no ano acumula alta de 0,66%. O mesmo mercado que considera ser positiva o desempenho, sinais nos demais indicadores econômicos mostram alguma desaceleração em curso, em especial nos segmentos mais cíclicos, sensíveis ao nível restritivo de juros. As projeções indicam crescimento do PIB em 2,9% este ano, desacelerando para +1,4% em 2024.