Mais de 40% dos salões de beleza do Rio Grande do Sul têm mais de 10 anos de atividade. Conforme Sondagem do Segmento de Salões de Beleza de 2023 realizado em agosto pela Fecomércio-RS, em 61,8% dos casos os negócios tinham no máximo 4 pessoas trabalhando. Via de regra, as empresas atuam em apenas 1 estabelecimento (97,1%), enquanto apenas 2,9% relataram atuar em mais de 1 estabelecimento. Dentre os principais serviços ofertados pelos salões gaúchos, destaque para cabeleireiro (76,9%) e manicure e pedicure (60,5%).
A pesquisa também investigou quais os dias de maior e menor movimento nos salões. Como esperado, sábado (40,8%) e sexta-feira (29,1%) são citados como os dias mais movimentados e segunda-feira (32,2%) e terça-feira (27,5%) são os de menor movimento. Nesses dias, contudo, a maior parte dos estabelecimentos indicam não haver ações específicas ou mudanças no funcionamento nos dias de maior (81,8%) e menor (68,3%) movimento.
CENÁRIO
Com relação às questões financeiras dos negócios, 81% dos entrevistados indicam que as finanças do negócio não se misturam com a dos proprietários, enquanto para 15,8% há mistura e 3,1% não souberam afirmar. Quanto à situação financeira dos salões, 44,4% responderam que as receitas superam as despesas; 38,2% indicaram que há equilíbrio (receitas iguais às despesas); 7,3% estavam deficitários (receitas menores que despesas) e 10,1% não souberam avaliar. Para fazer a análise das finanças, 59% usam algum software, entre os demais que não usam (41%), a grande maioria refere que faz a gestão das finanças manualmente.
“Para que os Salões de Beleza possam gerar e potencializar resultados, principalmente nos pequenos negócios – que são a grande maioria dos Salões de Beleza – a gestão precisa estar presente. Entender sua estrutura de custo e o fluxo de suas receitas, bem como as estratégias que podem impulsionar suas vendas, são frentes que precisam de atenção dos negócios para que possa haver crescimento e expansão sustentável desses negócios.” comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Na abordagem sobre a avaliação das vendas nos últimos 6 meses, 72,5% dos entrevistados classificaram ao menos como “bom”, a grande maioria relatou que as vendas atingiram ou superaram suas expectativas (75,6%). Dentre os empecilhos, o aspecto mais citado foi o baixo crescimento da economia brasileira (41,6%), seguido pelo alto custo de insumos e matérias-primas (27,8%) e a forte concorrência (25,5%). Em termos de expectativas, predomina o otimismo, com 82,8% acreditando na melhora das vendas nos próximos 6 meses e 56,1% respondendo que há intenções de investir nos próximos meses.