A decisão da 13º Vara Cívil de Brasília que afastou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, da presidência do PSDB, foi classificada por ele como uma atitude de resignação por parte de um colega político.
“Você está falando de um prefeito no interior de São Paulo (Orlando Morando) que ficou resignado com o caminho que os ex-presidentes do partido, que a bancada federal do partido e que todas as grandes lideranças do partido decidiram tomar”, afirmou em entrevista nesta terça-feira. O governador ressaltou que assumir o comando da sigla foi uma “convocação” para que liderasse o partido em um momento de transição, quando ocorreu a renúncia dos integrantes da antiga executiva.
Alega, ainda, que os argumentos utilizados pela defesa e justiça para o afastarem são extemporâneos, ou seja, fora do tempo. Isto porque a justificativa é de que Leite deveria ter deixado o mandato em 31 de maio e chamado uma convenção. Entretanto, o governador disse que o PSDB já está realizando esse processo, portanto, avaliou que a decisão judicial não diz respeito a ele, propriamente, ou a sua executiva.
“Eu sempre entendi que esse era um momento de transição, tanto é que nós convocamos as convenções […] e elas já estão sendo encaminhadas. Os municípios já vão fazer as suas convenções agora em outubro. As convenções estaduais vão acontecer […] em novembro”, defendeu.
Em entrevista à uma rede de televisão, o governador disse que, neste momento, a prioridade serão as vítimas afetadas pela tragédia que atingiu o Estado.