Em reunião com o secretariado, na manhã desta segunda-feira, o governador Eduardo Leite discutiu ações viáveis para dar continuidade ao atendimento das localidades atingidas pelas enchentes da semana passada. A equipe recebeu detalhes do caso de São Sebastião, no litoral paulista, apresentado como exemplo de plano de ação que deu certo.
“Importante que possamos ouvi-los para, em alguns casos, a partir da experiência deles, organizar as nossas ações. Buscar essas experiências é importante para agilizarmos o atendimento, aprendermos com os erros que tenham sido cometidos e com as boas experiências que tiveram, de forma a sermos mais resolutivos nas ações agora, nessa reconstrução”, assegurou Leite.
Por videoconferência, o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, explicou as estratégias montadas pela administração municipal e estadual quando a cidade sofreu com inundações, no início de 2023. “Nossa preocupação imediata foi de como abrigar, de forma rápida, as pessoas para que elas não ficassem por muito tempo nas escolas e pudéssemos restabelecer a normalidade da cidade. Então, nós tivemos a missão de realocar essas 1,6 mil pessoas através do chamado aluguel social, mantido com recursos dos governos estadual e federal. Também transferimos parte dessas pessoas para outro conjunto habitacional, em Bertioga”, explicou Augusto.
O secretário da Casa Civil de São Paulo, Arthur Lima, comentou de que forma governo estadual encaminhou ações para atender às necessidades básicas dos cidadãos. “Com a criação de um gabinete de crise e do decreto de calamidade, nós conseguimos rapidamente transferir recursos para atender diversas áreas. O apoio humanitário também foi bem gerenciado, possibilitando que todas as doações que chegavam fossem distribuídas para locais realmente necessitados daqueles produtos”, esclareceu.
Leite incumbiu a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) de elaborar um formulário para identificar as necessidades de cada localidade atingida pelo evento climático e, assim, direcionar os recursos corretamente. Com isso, a SPGG busca atender a um pedido do governador Eduardo Leite para que a resposta aos pedidos de ajuda possa ser feita sem se perder em burocracia exagerada.
“As coisas naturalmente levarão algum tempo, mas ele tem que ser o menor possível. Não deixem a burocracia vencê-los. São vidas humanas. Ver as fotos é uma coisa, sobrevoar dá uma outra dimensão do impacto, mas andar pelas ruas é algo absolutamente impactante e não podemos falhar com essas pessoas”, finalizou o governador.
As secretarias também vêm se empenhando em realizar conversas com o governo federal para que os recursos financeiros anunciados possam ser liberados e destinados com a maior presteza. Reuniões com representantes da União acontecem durante os primeiros dias da semana para traçar planos de ações.