O governo gaúcho vem empregando todos os esforços e recursos tecnológicos para encontrar sobreviventes e potencializar a eficácia das ações de busca. Além de drones pertencentes ao poder público estadual, alguns com tecnologia termal, que capta variações de calor e identifica sinais de vida, o trabalho em campo emprega equipamentos disponibilizados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR).
Os drones do governo federal possuem diversas funcionalidades que vão além de registros fotográficos, e vêm sendo utilizados como facilitadores das atividades de busca. Essas ferramentas permitem também a localização de corpos, porque conseguem captar informações de altimetria (medição de alturas ou de elevações de um determinado terreno) e altitude (medição da distância vertical de um ponto em relação ao nível do mar).
O chefe da Casa Militar e Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Chaves Boeira, ressalta as vantagens desse tipo de aparato. De acordo com ele, os equipamentos permitem que as unidades de busca cheguem a locais inacessíveis, “oportunizando maior eficácia, precisão e segurança às atividades de socorro, com imagens em tempo real, de forma dinâmica, ágil e eficiente”.
As equipes de resgate vêm contando também com a ajuda da Defesa Civil Nacional. Na manhã dessa quinta, a equipe utilizou esses instrumentos em Muçum e Roca Sales para registros fotográficos, além de trabalhos mais específicos em localidades onde há pessoas desaparecidas. Os registros são georreferenciados e, desse modo, também podem auxiliar nos planos de trabalho para reconstrução de infraestruturas atingidas e no embasamento de decretos de calamidade pública.
Além de drones, o resgate utiliza aeronaves com capacidade de voo noturno. Também teve início, nesta sexta, o emprego de cães de busca, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar.