Júri popular condena dupla em Porto Alegre por assassinato de rival do tráfico, em 2013

Rodrigo Rodrigues Alves da Rosa, vulgo Caveirinha, e Vladimir Cardoso Soares, o Xu, foram sentenciados a mais de 16 anos de prisão

Vladimir Cardoso Soares, o Xu. Foto: Polícia Civil / Reprodução

Rodrigo Rodrigues Alves da Rosa, vulgo “Caveirinha”, e Vladimir Cardoso Soares, o “Xu”, foram condenados a mais de 16 anos de reclusão pelo homicídio qualificado de Bruno Bicca, um dos homens de confiança de Paulo Ricardo Santos da Silva, o “Paulão”, ex-líder do tráfico de drogas da zona Leste da capital. O crime ocorreu na noite de 5 de junho de 2013, na rua Paulino Azurenha, no bairro Partenon. De acordo com a acusação, a vítima sofreu disparos na cabeça como forma de retaliação e demonstração de poder da facção da dupla acusada. 

Rodrigo recebeu pena de 16 anos, 9 meses e 18 dias de prisão por ter efetuado os disparos; e Vladimir, de 16 anos e 4 meses, por ter ordenado a execução de Bruno Bicca. Os dois foram denunciados com outros corréus, que passaram a responder em outro processo, e mais outros dois, que faleceram.

Segundo o Ministério Público, a motivação dos crimes ficou explícita na letra da música “Funk das granadas”, gravada por um grupo de detentos de dentro da Cadeia Pública (antigo Presídio Central) de Porto Alegre. Nela, os presos sugerem a união de ao menos dois grupos para tentar comandar o tráfico em vários pontos da capital.

Ambos detidos no sistema prisional, Rodrigo e Vladimir foram condenados, nessa quinta, em um júri popular na capital, presidido pela juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva.

Xu voltou à prisão recentemente

Vladimir Cardoso Soares, o ‘Xu’, voltou ao sistema prisional recentemente, em 10 de agosto. O traficante, de 53 anos, que também responde pela morte de dois policiais militares e chegou a comandar a venda de drogas na Vila Maria da Conceição, na zona Leste, havia sido solto, por ordem judicial, em 19 de junho – quando saiu da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), em Charqueadas. O traficante teve a liberdade revogada após um requerimento do Ministério Público, contestando a decisão.