Estão previstas para esta sexta-feira, 29, a divulgação de dois importantes indicadores sobre emprego, desemprego e taxa de desocupação. Este último, elaborado com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um percentual de 7,9% no trimestre encerrado em julho deste ano, recuo de 0,6 ponto percentual em relação a igual período anterior.
Este resultado representou a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando foi de 6,7%. Já em comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação caiu 1,2 ponto percentual. Na época, o desempenho foi explicado pela expansão do número de pessoas trabalhando.
Já a população desocupada ficou em 8,5 milhões de pessoas, uma queda de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de -3,8% se comparado ao mesmo período de 2022. Na comparação trimestral, o número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a 99,3 milhões, um aumento de 1,3% em relação ao período de fevereiro a abril, com 1,3 milhão de pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil pessoas), o menor dos últimos 9 trimestres consecutivos de alta.
Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, registrou a abertura de 142,7 mil empregos com carteira assinada em julho deste ano, resultado de 1,8 milhão de contratações e 1,7 milhão de demissões. O desempenho representou queda em relação a junho do ano passado, quando foram criados 225 mil empregos formais. O recuo foi de 36,6% nesta comparação. Em julho de 2020, em meio à pandemia da Covid, foram criados 108,4 mil postos de trabalho e, no mesmo mês de 2021, foram abertas 306,8 mil vagas formais.
De acordo com o Ministério do Trabalho, 1,16 milhão de vagas formais de emprego foram criadas no país nos sete primeiros meses deste ano, o que representou recuo de 27,7% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram criadas 1,61 milhão de empregos com carteira assinada. Em julho de 2023, o Brasil tinha saldo de 43,61 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado revela um aumento na comparação com junho deste ano (43,46 milhões) e com julho de 2022 (42,04 milhões).