A semana na economia brasileiro chega carregada de indicadores econômicos relevantes que trazem os investidores de volta aos dados após o foco na geopolítica com a Cúpula dos BRICS e a política monetária com o Simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos. O foco é na divulgação dos números, como os do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e dos EUA, além de dados de inflação no Brasil, nos EUA e na zona do euro. Junte-se a isto os dados do mercado de trabalho no Brasil e nos EUA.
O período começa com o Relatório Focus, do Banco Central, com informações de analistas do mercado sobre os principais indicadores da economia brasileira. Na semana passada, após o reajuste de preços da gasolina e do diesel feito pela Petrobras, aumentou a projeção dos analistas de mercado para a inflação de 2023. A estimativa do IPCA para este ano avançou dos 4,84% para 4,90%, enquanto a previsão para a inflação para 2024 continuou em 3,86%. As projeções de IPCA para 2025 e 2026 permaneceram em 3,50%. Já a estimativa para o crescimento do PIB para o ano se manteve em relação à semana anterior.
Já a divulgação dos principais indicadores está concentrada entre quarta e sexta-feira, com os dois primeiros dias da semana com relativa calma aos investidores. Na terça-feira, 25, serão conhecidos os números de Oferta de Empregos nos EUA de julho. Por aqui, os destaques locais incluem o Caged, na quarta-feira, 30, e a Pnad Contínua, na quinta-feira, 31. Os dois indicadores darão sinais sobre o mercado de trabalho local.
INFLAÇÃO
No dia seguinte, será a vez dos dados de inflação no atacado no Brasil, com o IGP-M de agosto e Índice de Preços ao Produtor (IPP) de julho durante a manhã. O IGPM dará mais um sinal sobre a inflação no país, após o IPCA-15 de agosto registrar alta de 0,28% ante julho, um avanço maior do que o consenso do mercado.
Em seguida, o mercado vai receber os indicadores de criação de empregos privados nos EUA em agosto e a segunda preliminar do PIB dos EUA do segundo trimestre. A quinta-feira, 31, é o dia mais movimentado, começando pela prévia da inflação ao consumidor (IPC) de agosto da zona do euro, como também o índice de preços PCE de julho nos EUA, o indicador favorito de inflação do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Entre esses dados de inflação, os investidores brasileiros ficarão atentos aos dados do Setor Público de julho do Brasil e à taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho. Por fim, na sexta-feira o PIB do Brasil do segundo trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto nos EUA os dados do mercado de trabalho oficial do governo americano de agosto, como os ganhos salariais, a taxa de desemprego e, especialmente, a criação de emprego não-agrícola.
