Para Dino, depoimento de hacker à CPMI trouxe “peças de quebra-cabeça”

Montagem cabe aos órgãos do sistema de segurança e de justiça, afirmou o ministro

Foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGÊNCIA BRASIL / CP

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira que o depoimento do hacker Walter Delgatti Netto à comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro trouxe “várias peças de um quebra-cabeça”.

“São peças de um quebra-cabeça que estão se apresentando. Eu diria que, tecnicamente, hoje várias peças foram apresentadas a esse quebra-cabeça e essa montagem cabe aos órgãos do sistema de segurança e de justiça, e não a uma ação política”.

Delgatti afirmou hoje que o ex-presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele indulto em troca da invasão da urna eletrônica e de assumir a responsabilidade por um suposto grampo instalado para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo Dino, o depoimento de Delgatti trouxe elementos e afirmações que serão confrontados, com outros indícios, pelas autoridades competentes.

“Desde os terríveis eventos que se iniciam na operação da PRF no dia do segundo turno e que vêm até o 8 de janeiro, há progressivamente uma produção de provas e indícios mostrando que houve práticas ilegais. Agora, até onde isso vai não é algo que pode ser antecipado neste momento”, disse o ministro.

Dino participou nesta quinta-feira da primeira reunião dos integrantes do Conselho de Governança da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla).