O novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Roberto Bitencourt, afirmou ao R7 nesta quarta-feira que o militar era um assessor prestativo, que resolvia problemas de toda ordem do chefe Jair Bolsonaro (PL). “Ele era assessor para ajudar nas coisas do dia a dia, desde afazeres corriqueiros até alguma questão mais complexa. Ou seja, era ajudante de ordens, assessor prestativo”, disse.
Mauro Cid está preso, desde maio, por falsificação de cartões de vacinação. Na ocasião, a Polícia Federal descobriu que o militar tinha fraudado os cartões de vacina de Bolsonaro, da filha adolescente do ex-presidente e de outras pessoas do entorno dele.
No entanto, os desdobramentos da investigação revelaram que Mauro Cid pode ter cometido outros crimes, como no caso do sumiço de joias sauditas, que culminou em uma operação da Polícia Federal na última sexta-feira. A ação investiga a tentativa de venda ilegal de presentes entregues por outros países ao ex-presidente Bolsonaro.
Nesse caso, além do ex-ajudante de ordens, também se tornaram alvo da PF pai de Mauro Cid, o general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, o tenente Osmar Crivelatti e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
De acordo com a PF, o grupo se valia da “estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.