Em 2 de junho, a prefeitura da capital anunciou, pela segunda vez neste ano, a intenção de rescindir o contrato com o consórcio Porto Alegre Limpa, responsável pela coleta de lixo em contêineres, que cobre 1/5 dos bairros da cidade. O serviço apresentou falhas e, durante semanas, os dispositivos operaram abarrotados em razão do impasse. Dois meses e meio depois, a mesma prestadora continua operando.
Procurado pela Rádio Guaíba, o consórcio informou que segue em prazo de análise de recurso após ter sido notificado da intenção de rompimento do contrato. O Porto Alegre Limpa informou, também que opera normalmente, sem a necessidade de auxílio de uma força-tarefa, como ocorreu em junho, quando atrasos na coleta foram notados, sobretudo, nos bairros Auxiliadora, Bom Fim, Agronomia, Santana e Menino Deus. De acordo com a assessoria de imprensa do Porto Alegre Limpa, as empresas renovaram a frota de caminhões.
Embora a rescisão, de fato, nunca tenha ocorrido, a prefeitura abriu um edital para contratar outra empresa em caráter emergencial. A sessão pública de disputa eletrônica de licitação ocorreu em 3 de julho. Por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) e do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), a prefeitura de Porto Alegre informou, em nota, que “o processo derivado da disputa emergencial para contratação de empresa/consórcio de coleta automatizada está sendo avaliado internamente e por ora não há data para o chamamento da segunda empresa colocada”.
No dia 17 de julho, em entrevista à Rádio Guaíba, a empresa baiana Meta Ambiental Serviços de Limpeza Urbana Ltda, segunda colocada na disputa, informou que seguia aguardando um pedido de documentação e se dizia pronta para assumir o serviço na capital.
Dias antes, a primeira colocada desistiu alegando dificuldade em conseguir instalar 6 mil contêineres em polietileno de alta densidade e entregar todo o fornecimento e distribuição dentro do prazo, de 60 dias, estabelecido pelo DMLU.