O Brasil ultrapassou a marca histórica de 10 gigawatts (GW) de potência operacional nas grandes usinas solares. Conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), o resultado é equivalente a mais da metade da capacidade instalada da hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo.
Somados aos 22,5 GW da geração solar distribuída (em telhados e pequenos terrenos), a fonte solar soma atualmente 32,5 GW de capacidade instalada no Brasil, garantindo o segundo lugar em termos de potência instalada, seguida pela energia eólica, com 26 GW. Em geração de energia elétrica, porém, a solar se mantém em terceiro lugar, atrás da eólica.
De acordo com Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial. Ele destaca que, segundo estudo da consultoria Mckinsey, o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V, permitindo receber cerca de R$ 1 trilhão em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos e armazenagem, informou o executivo.
Desde 2012, segundo a Absolar, a energia solar fotovoltaica trouxe mais de R$ 44 bilhões em novos investimentos e mais de 304,1 mil empregos acumulados, além de proporcionar cerca de R$ 16 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Sauaia destaca que, além de ser uma fonte competitiva e limpa, a maior inserção da energia solar em grandes usinas é fundamental para o País reforçar a sua economia e impulsionar o processo de transição energética e reindustrialização.