O projeto Serasa na Estrada, que iniciou em Porto Alegre sua jornada de seis meses pelo país, contabiliza 1.867 pessoas que renegociaram 2.216 dívidas na unidade móvel instalada no Centro Histórico, gerando R$ 6,9 milhões em descontos concedidos. Entre os acordos fechados, os principais segmentos das negociações de dívidas foram: Securitizadoras (41,5%), Telecomunicações (37,3%), Varejo (7,6%) e Bancos (7,5%). Na próxima terça-feira, dia 15, será a vez de Florianópolis receber a caravana.
Nos canais digitais da Serasa, 14.658 consumidores gaúchos negociaram suas dívidas no período, atingindo um total de 22.154 acordos firmados apenas no Estado. “O caminhão rosa viaja não apenas para facilitar a vida de quem nos procura presencialmente, mas ele estaciona nos Estados com o propósito de levar a mensagem da saúde financeira para toda a região, explica Ana Clara Aguiar, coordenadora da caravana.
Experiência bem-sucedida em 2017, 2018 e 2019, a caravana itinerante da Serasa atendeu mais de 250 mil pessoas nas três edições anteriores e possibilitou mais de R$ 50 milhões em negociações de dívidas, levando esperança e serviços a quem mais precisa de ajuda para organizar a relação com as finanças.
GAÚCHOS
No Brasil, os índices de inadimplência sobem de maneira contínua nos últimos sete anos e quebraram o recorde da série histórica da Serasa em maio deste ano, ao atingir 71,9 milhões de pessoas. Segundo dados compilados pelo Serasa, cerca de 44% da população adulta do país tem alguma dívida em atraso. Só nos últimos três anos, quase 7,5 milhões de brasileiros entraram na lista de maus pagadores.
Mais de 3,5 milhões de gaúchos estão inadimplentes e somam dívidas que chegam a R$ 17,9 bilhões, segundo dados da Serasa. Em média, cada devedor do Rio Grande Sul tem cerca de R$ 5 mil em débitos, e o índice de inadimplentes do estado, 39,22% da população adulta, está de abaixo da média nacional, de 43,78%. Em todo o país, 71,45 milhões de brasileiros estão com dívidas atrasadas que, juntas, somam mais de R$ 346 bilhões.
A maior parte das dívidas do Estado está concentrada em dois setores: bancos/cartões (31.52%) e utilities (água, luz, gás), que representam 19,95%. Os maiores devedores têm entre 41 e 60 anos (34,1%), seguidos da população entre 26 e 40 anos (32,7%). A população gaúcha acima dos 60 anos é a segunda mais endividada do País, representando 21,1% dos negativados, atrás apenas do Rio de Janeiro, com 22,8%. Os jovens de até 25 anos são 12% dos devedores do Estado.