Em protesto contra salários defasados e promoções atrasadas, policiais civis fazem, nesta terça-feira, o primeiro dia de paralisação unificada da categoria. Entre outros pontos, os servidores pedem o resgate da simetria salarial entre os comissários de Polícia e os capitães da Brigada Militar e o apoio do governo ao PL 04/2023, que busca a paridade e a integralidade aos policiais que ingressaram após 2015. Para o fim da noite desta segunda-feira, está prevista uma reunião com a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans.
Na quarta-feira, o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm) promete um segundo dia de paralisação em todo o Rio Grande do Sul. O objetivo é pressionar o governo estadual. O vice-presidente do Ugeirm, Fábio Nunes Castro, salienta que a segurança pública vem apresentando “números bastante significativos em relação ao combate à criminalidade sem o devido reconhecimento aos profissionais da área”. Em conversa com a entidade de classe, o chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, afirmou que os policiais se comprometeram, nestes dois dias, a realizar serviços essenciais e atendimento de casos graves.
Em Porto Alegre, a concentração ocorre em frente ao Palácio da Polícia. No Interior do Estado e região metropolitana, a orientação é para que os policiais se concentrem em frente às delegacias ou locais de trabalho. A orientação é para que não haja circulação de viaturas nem cumprimento de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações policiais, serviço cartorário, entrega de intimações, oitivas, remessa de IPs ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária.
As DPPAs e plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, como homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que os (as) plantonistas julgarem imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil.