Um novo espaço para integrar a parte urbana e natural da cidade foi entregue em Porto Alegre, neste sábado. O segundo terrário urbano da cidade fica na esquina das ruas Garibaldi e Irmão José Otão, no bairro Bom Fim. A proposta, inspirada em mini-parques implementados nos Estados Unidos, é aproveitar terrenos subutilizados, para convivência social e sustentabilidade.
“Iniciativas que promovam a convivência da comunidade, aliadas à educação ambiental, são sempre bem-vindas. Aqui temos um exemplo concreto de como fazer uma Porto Alegre melhor. É em parceria que construímos a cidade que queremos”, afirmou o prefeito Sebastião Melo.
A área, que antes era depósito de lixo, segundo o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm, é transformada pela empresa. “Eles têm que, necessariamente, trazer elementos de sustentabilidade no projeto, como o painel fotovoltaico, eles recolhem água da chuva, o processo de produção é com reciclados, eles tem a hortinha. Realmente há uma conexão com o meio ambiente”, detalhou.
A implementação, gestão e manutenção do terrário urbano são de responsabilidade do permissionário, que, nesse caso, é a Alegrow. A seleção é feita por concorrência pública e o valor pago pela outorga foi utilizado para a instalação de um biodigestor na Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Antônio Giúdice, no bairro Humaitá.
Gestão nos terrários
O primeiro terrário urbano da Capital, instalado na esquina entre as ruas Lucas de Oliveira e Neusa Brizola, no bairro Petrópolis, chegou a gerar reclamações de moradores nas redes sociais. O fácil acesso ao local, administrado pela M’Açaí.X, fazia com que pessoas utilizassem o espaço durante a noite e madrugada, incomodando moradores do entorno.
A prefeitura afirma que acompanha a situação do local e que a gestão de espaços como esse vem evoluindo. “A gente sempre constrói um processo de amadurecimento, evolução de um projeto. A gestão do espaço público é um desafio, porque você tem que compor a vizinhança, com aquele que caminha, e com o usuário que quer consumir”, afirmou o secretário da Smamus.
Segundo Bremm, o problema no primeiro terrário já foi resolvido. “Tão logo foi identificado que tinha essa problemática, que o pessoal estava usando a pista de skate em horário fora dos limites, a gente pediu para que fizessem (a empresa) a correção e fizeram. Eles fecham no horário noturno, fizeram um bloqueio”, disse o secretário.