O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 4,1 pontos em julho na comparação com junho, para 103,5 pontos, e atingiu o menor nível desde novembro de 2017, quando estava em 103,1 pontos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 31, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apontando que o indicador acumula redução de 13,2 pontos nos últimos quatro meses.
“Enquanto nos três meses anteriores a queda do IIE-Br havia sido determinada exclusivamente pelo componente de Mídia, em julho o resultado é influenciado também pelo componente de Expectativas. Com a desaceleração da inflação ficando mais clara, observa-se redução da heterogeneidade nas previsões de 12 meses tanto para o IPCA quanto para a Selic”, explicou Anna Carolina Gouveia, economista da FGV.
No geral, a queda do IIE-Br nos últimos meses tem relação com a melhoria das perspectivas para o cenário macroeconômico do País, com redução também das incertezas fiscais e políticas. Em julho, o componente de Mídia caiu 2,6 pontos, para 101,9 pontos, menor nível desde fevereiro de 2015 (99,7 pontos), contribuindo negativamente com 2,3 pontos para a evolução do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, interrompeu a sequência de três quedas seguidas e recuou em 8,2 pontos, para 108,6 pontos, contribuindo negativamente com 1,8 ponto.